Autor multi premiado e bastante respeitado por seus pares, João Batista Melo rompe um hiato de nove anos sem lançar com a publicação de O COLECIONADOR DE SOMBRAS. O livro é o quinto na carreira de 17 anos do escritor mineiro, o quarto de contos.
O título faz alusão a uma frase do escritor israelense Amós Oz, que no livro aparece como epígrafe, que fala que “até a sombra tem a sua sombra”. Melo diz que esse talvez seja um dos desafios do contista, enxergar o que os olhos comuns não conseguem apreender. “Nesse sentido, talvez minha obra tenha sempre buscado enxergar essa sombra que, muitas vezes, passa despercebida na vida real.”
Esteticamente, o novo trabalho dá prosseguimento aos livros anteriores. “Desde meu primeiro livro publicado, 'O Inventor de Estrelas', estou sempre em busca dessa releitura do ser humano e de suas experiências aparentemente banais. Tentando enxergar o que existe de poesia, ou de sombrio como é o caso de alguns contos de 'O colecionador de Sombras', o que está por trás dos sentimentos, mais do que os sentimentos em si, dos atores que vivenciam as tramas”, disse.
Alguns contos do livro apontam para o fantástico, gênero pouco explorado na literatura brasileira. O autor admite a influência em sua produção, mas apruma seu foco para um viés diferente do habitual no gênero. “Costumo dizer que o que me atrai não é o fantástico propriamente dito, mas a fronteira entre o real e o fantástico, aquele espaço misterioso no qual não se tem certeza se estamos diante de uma realidade científica e concreta ou de possibilidades imaginárias ou transcendentes.”
João Batista Melo nasceu em Belo Horizonte. Publicou o romance 'Patagônia' (Prêmio Cruz e Sousa) e os livros de contos 'As Baleias do Saguenay' (Prêmio Paraná e Prêmio Cidade de Belo Horizonte), 'O Inventor de Estrelas' (Prêmio Guimarães Rosa) e 'Um Pouco Mais de Swing'. Durante vários anos, atuou como crítico de cinema e de literatura em diversos jornais. Formado em Comunicação Social e mestre em Multimeios, dirigiu três curtas-metragens, um dos quais - Tampinha - premiado, em 2004, como melhor filme no festival Divercine, no Uruguai.
“(...) Melo demonstra possuir traquejo e imaginação prodigiosa ao compor frases e escolher palavras.” - Bernardo Ajzemberg, Folha de S. Paulo
“(...) o que sobressai é o texto altamente sofisticado e uma fértil imaginação.(...) Talvez a maior característica dos contos de João Batista Melo seja a oportunidade que dá ao leitor de completá-los com suas próprias vidas, tão fragmentadas e cheias de incertezas quanto as dos personagens.” - André Luis Mansur, O Globo
terça-feira, 17 de junho de 2008
Convite - Lançamento
"O Colecionador de Sombras", de João Batista Melo
Dia 24 de junho, na Cotidiano da 201 sul, a partir de 18h30
(clique na imagem)
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