quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Animação transforma páginas do livro em cenário da história

Vídeo produzido para o NZ Book Council, na Nova Zelândia.
É a leitura de um livro em que a história se materializa por meio da transformação das páginas em objetos do cenário.



Fonte: Blog Bombou na Web

terça-feira, 27 de outubro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

O futuro do português no mundo

Segundo o filósofo alemão Peter Sloterdijk, "quando uma língua morta não quer expirar, mas manter-se em vigor como língua mundial, mostra-se assim com que poder os espíritos do império atuam".
Em 1989, Francisco Moraes Sarmento escreveu, na revista "Leonardo", que "a língua portuguesa morreu e está transformada numa língua de escravos, servos e bárbaros", discordando da proposta do Acordo Ortográfico, na qual via a perda de poder e influência de Portugal em relação ao Brasil.
Vinte anos depois, o Acordo Ortográfico continua a despertar discussões calorosas, não só em Portugal mas também na ex-colônia portuguesa das Américas.
Num artigo publicado na "Gazeta do Povo", em 2007, Carlos Alberto Faraco defendeu o Acordo de forma apaixonada, prevendo o processo de internacionalização da língua, considerando inaceitável que o dicionário "Houaiss", para poder circular em todos os países de língua portuguesa, tivesse de ser editado em duas versões ortográficas. Muitos, no maior país de língua portuguesa do mundo, veem no Acordo a chance de se adaptarem às mudanças e à dinâmica de uma língua falada todos os dias, do Ocidente ao Oriente, por oito nações diferentes.
A política da língua moderna é uma política de mapeamento contra condições políticas e econômicas mutativas, o que significa que é preciso compreender como a língua se relaciona com os novos fluxos de capital, mídia, tecnologia, cultura e pessoas numa esfera globalizada.
Este é o ponto-chave: as razões econômicas, sociais e culturais, outrora consideradas "baixa política", são hoje fulcrais para se perceber de que modo o mundo muda e, assim, se afirmar, no plano político, a cooperação.
No seu livro "O Português no Brasil", Antonio Houaiss estabelece as "diferenças" entre o português brasileiro e as demais variantes dos países de língua portuguesa, principalmente a variante de Portugal. Sem utilizar a expressão "política da língua", ele defende a criação de medidas "em prol da nossa língua" (itálico nosso).
No último capítulo do livro, lançado em 1985, Houaiss advoga a concretização de "uma língua comum" como fator de incremento da convivência humana, em que o português desempenha, estrategicamente, um papel importante.
Mas o português não tem ainda suficiente peso internacional, ao contrário do que se passa com outros idiomas, por ausência de uma política eficiente para a língua. No estudo "Internacionalização da Língua Portuguesa", coordenado por Carlos Reis, afirma-se que "a projeção internacional da língua portuguesa não corresponde, neste momento, à dimensão do seu universo de falantes", definindo-se a internacionalização como um "processo eminentemente político de afirmação", capaz de "garantir e reforçar o prestígio de uma grande língua de cultura".
A declaração da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, proferida em 1999, de que, na sua vida, "todos os problemas da Grã-Bretanha foram originados pela Europa continental, mas [que] todas as soluções partiram dos países de língua inglesa", é clara alusão ao papel da língua de Shakespeare nas relações de poder e à influência daí decorrente.
Língua e poder relacionam-se. O reconhecimento do estatuto de uma língua é medido não só pelo número de falantes mas também pelo espaço que ela ocupa no cenário internacional, contando as transações comerciais que são realizadas nessa língua (incluindo os eventos culturais e todas as boas ideias - não nos esqueçamos da magistral invenção americana do show business: nada como uma boa ideia bem concretizada, mas, se essa ideia der dinheiro para investir em novos projetos, melhor ainda) e a sua utilização nas diversas organizações internacionais.
O fa(c)to de o português ser uma língua comum a vários países tem facilitado o comércio do Brasil e de Portugal, e este mostra um interesse especial no Brasil, visando fortalecer as suas relações com a União Europeia.
O Brasil antecipou-se ao apoio à internacionalização do português pela CPLP, em julho passado, ao anunciar um plano para a criação de uma universidade da comunidade dos países de língua portuguesa, o que foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante uma visita à Guiné-Bissau.
Na mesma altura, em Portugal, o Conselho de Ministros aprovou uma nova estratégia para a promoção do português, que teve o apoio do presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
E agora? Nos países onde se fala português, sejam eles grandes ou pequenos, não faltam pessoas de grande mérito, à escala mundial. Essa é a certeza de que faz sentido promover inteligentemente a língua portuguesa, mesmo se essas pessoas falam bem outras línguas. O português defende-se com bons argumentos, onde quer que seja falado.
JOÃO CAETANO Professor de direito e ciência política, é pró-reitor para o Reordenamento Institucional da Universidade Aberta, Portugal.
MÔNICA VILLELA GRAYLEY Mestre em linguística e ciência política e doutoranda em ciência política.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mais livros virando filmes


Julia Roberts dará vida a Elizabeth Gilbert, de "Comer, Rezar, Amar". O filme, produzido por Brad Pitt, está previsto para estrear em 2011. Também estão no elenco Billy Crudup, Javier Bardem e Richard Jenkins. Assim como no livro, as locações serão Índia, Roma, Bali, e Nova York, para contar a história da mulher que após um divórcio complicado, inicia um viagem internacional para reencontrar-se enquanto descobre outras realidades.



O filme "Te Amarei para Sempre" (título que inexplicavelmente foi escolhido para o mercado brasileiro para a adaptação do livro "A Mulher do Viajante no Tempo" - "The Time Traveler's Wife") estreia dia 16/10 no Brasil. O livro (e o filme) conta a história de Henry DeTamble, portador de uma mutação genética rara, que o faz viajar no tempo e que ele é incapaz de controlar. Aos 36 anos, Henry conhece Claire Ashire, uma menina de 6 anos de idade, que se apaixona por ele. A história de amor do casal é pontuada pelas viagens no tempo de Henry, o que torna o relacionamento incomum. "A Mulher do Viajante no Tempo" é o primeiro romance da artista plástica americana Audrey Niffenegger.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

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Planos para 2010!


Fonte: www.correiobraziliense.com.br

Cotidiano Indica...

Redação Para Concursos e Vestibulares
Autor: SQUARISI, DAD / CURTO, CÉLIA

Editora: CONTEXTO
Assunto: LINGUÍSTICA - GRAMÁTICA
R$ 39,90

Sinopse:
Escrever uma redação nota 10 dá trabalho. No vestibular, no concurso ou na prova de seleção, só passa quem apresenta texto conciso, objetivo e sedutor. E há mais um detalhe: o tempo é curto; a concorrência, grande; as vagas, poucas. Um bom texto não cai do céu ou salta do inferno. Requer técnica e esforço. Este livro lhe facilita a vida. Apresenta os passos a serem seguidos em 35 lições. No final da obra há exercícios respondidos e comentados que acompanham cada lição. O resultado compensa. Você surpreende o leitor com texto que é puro prazer. Conclusão: uma vaga na universidade é sua. No emprego também.




Moderna Gramática Portuguesa - Atualizada Pelo Novo Acordo Ortografico
Autor: BECHARA, EVANILDO

Editora: NOVA FRONTEIRA
Assunto: LINGUÍSTICA = GRAMÁTICA
R$ 64,00

Sinopse:
A Moderna Gramática Portuguesa, agora na 37ª edição, ATUALIZADA PELO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO, é hoje a mais completa gramática da língua portuguesa. Reconhecida no Brasil e no exterior desde a sua 1ª. edição, tem como autor o maior gramático da língua portuguesa, EVANILDO BECHARA, o único representante da Academia Brasileira de Letras no novo Acordo Ortográfico. É a gramática mais indicada para estudantes a partir do ensino médio e para quem vai prestar concursos.




Construção Do Livro, A
Princípios Da Técnica De Editoração
Autor: ARAÚJO, EMANUEL / LEMOS, BRIQUET DE

Editora: LEXIKON
Assunto: COMUNICAÇÃO - EDITORAÇÃO
R$ 110,00

Sinopse
Emanuel Araújo explica em detalhes, em edição revista e atualizada, todo o processo de produção de livros com as novas técnicas do ramo. Quando lançada a primeira edição de A construção do livro, Antonio Houaiss considerou-a uma "obra de consulta e referência indispensável em tudo que se refire aos temas [...] do livro". Hoje, mais de vinte anos depois, ela continua sendo a obra de referência mais consultada por profissionais e leigos interessados no processo de produção editorial.


terça-feira, 7 de julho de 2009

Julie e Julia, o filme

Baseado best seller internacional e vencedor do primeiro Blooker Prize (que premia livros baseados em blogs), Julie & Julia é uma história de desafios e superação, de risos e lágrimas, de uma mulher moderna lutando para colocar ordem em sua atribulada vida.
Insatisfeita com seu emprego, prestes a completar 30 anos e mudando-se com o marido de um confortável apartamento para um quitinete num bairro afastado, Julie Powell decidiu realizar um projeto particular: preparar todas as 524 receitas do livro Mastering The Art of French Cooking, clássico de Julia Childs, e registrar a experiência em um blog. O que parecia uma experiência culinária simples torna-se uma difícil empreitada e uma saborosa lição sobre a arte do bem viver.

O filme, com Meryl Streep e Amy Adams, estreia no dia 07 de agosto de 2009 nos EUA, e 18 de setembro de 2009 no Brasil.
(Fonte: http://www.conradeditora.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2303)



quinta-feira, 23 de abril de 2009

23 de abril: Dia Mundial do Livro


Brasília, 23/4/2009 – Dois dias após o lançamento da Biblioteca Digital Mundial, a UNESCO comemora nesta quinta-feira, 23, o Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais. Em 2009, a organização destaca a função primordial dos livros para o desenvolvimento de uma educação de qualidade e a ligação entre direitos humanos e acesso universal às publicações.
Segundo o Diretor-Geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, o Dia pode ser inserido no contexto da Década das Nações Unidas da Alfabetização (2003/2012), cujo tema, “Alfabetização é Liberdade”, destaca o efeito emancipatório dos livros. “Esses laços são essenciais, especialmente se considerarmos o livro como principal meio para ensinar homens, mulheres e grupos sociais mais marginalizados a ler e a escrever em um mundo onde um entre cada cinco adultos são analfabetos.”
A data de celebração do Dia Mundial do Livro, escolhida em função da morte de três grandes escritores da história em 23 de abril de 1616 – Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Inca Garcilaso de La Veja –, também é o marco de sucessão entre as cidades anualmente escolhidas como Capital Mundial do Livro, título lançado pela UNESCO em 2001. Este ano, Beirute (Líbano) assume o posto de Amsterdam (Países Baixos).
Além de Beirute e Amsterdam, foram escolhidas como Capital Mundial do Livro as seguintes cidades: Madrid (Espanha, 2001), Alexandria (Egito, 2002), Nova Deli (Índia, 2003), Antuérpia (Bélgica, 2004), Montreal (Canadá, 2005), Turim (Itália, 2006) e Bogotá (Colômbia, 2007).

domingo, 8 de março de 2009

Florestas (de idéias) ameaçadas

Uma boa livraria é um ecossistema delicado. Para que dê certo não basta juntar um monte de livros; é preciso saber dosar a mistura, acrescentando ao óbvio maravilhas inesperadas, extravagâncias que ninguém tem dinheiro para comprar mas todos adoram folhear, miudezas simpáticas, descobertas especiais. Pode-se abrir um pequeno café nos fundos, um barzinho, um restaurante; pode-se, ainda, juntar algumas poltronas e enfeites a gosto -- mas tudo isso é acessório. O segredo está mesmo na seleção e na exposição dos livros. A Livraria da Travessa, a Da Conde e a Argumento, por exemplo, para ficar só no Leblon, vendem quase as mesmas coisas – mas que diferença faz este “quase”! As três não poderiam ter personalidades mais distintas.
O que faz a delícia de quem ama livrarias é curtir as suas idiossincrasias e especialidades -- e se familiarizar de tal forma com a disposição dos livros que consiga até achar o que não está procurando. Há duas semanas, escrevi sobre um delicioso livrinho chamado “Hotel Yoga”, que descobri na Travessa. Pois “descobrir” é o verbo certo: o coitado não é best-seller, não saiu por nenhuma grande editora, não teve uma linha de publicidade em lugar algum. Eu sequer sabia da sua existência!
Ora, o que permite toda essa bibliodiversidade não é, evidentemente, a venda dos “Hotel Yoga” da vida, mas a dos best-sellers. Os livros que permanecem indefinidamente na lista de mais vendidos são o motor do mercado: saem sozinhos, aos montes, e com isso permitem aos livreiros o luxo de manter em estoque não só aqueles deslumbrantes livros de arte que folheamos platonicamente, como todo o rico caldo de cultura formado pelos clássicos, pela poesia, por livros menos conhecidos mas nem por isso menos interessantes. Em suma, o vasto conjunto que dá a cada livraria o seu jeito particular de ser, já que a massa uniforme dos best-sellers encontra-se até no supermercado.
Pois aí está, justamente, uma das grandes ameaças ao meio-ambiente livreiro. Um caso recente e exemplar é o do formidável “1808”, de Laurentino Gomes, que custa cerca de R$ 40, e que passou o carnaval a R$ 9,90 num empório online. Parece ótimo negócio para o consumidor, e é mesmo, mas apenas a curtíssimo prazo. “1808” é vendido às livrarias por cerca de R$ 25. Com o lucro da venda de um único home theater o tal empório recupera o prejuízo e segue feliz. Já a livraria, que não vende nada além de livros, está frita: ninguém precisa ter PhD em economia para saber que vender a R$ 9,90 algo que se comprou a R$ 25 é péssimo negócio.
Tá, dirão vocês, e nós com isso? Quem é o idiota que vai dar R$ 40 por um livro que pode comprar a R$ 9,90? As livrarias que se virem! É verdade. Só que, não tendo como se virar, as livrarias vão mudar de ramo. Vão passar a vender yogoberry, lingerie ou celulares. Problema das livrarias, certo? Errado: os livros que vendem pouco e que precisam das livrarias para alcançar o público raramente chegam às megastores -- se é que chegam. E como o mercado é feito de reações em cadeia, as pequenas editoras que os publicam, e que muitas vezes têm a audácia e o jogo de cintura que as grande já perderam, vão ficando pelo caminho.
Por mais que eu não resista a uma boa oferta e adore comprar pela internet, tenho calafrios ao imaginar um mundo sem livrarias, ou um mundo de livrarias de best-sellers, todas igualmente destituídas de personalidade, como as livrarias de aeroporto. Brrrrrrrrrr!!!
* * *
Conversando com amigos livreiros, descobri que esse caso do “1808” pode ser ainda mais perverso do que eu imaginava. Aparentemente, há editoras que vendem lotes de livros abaixo do preço para conquistar a boa vontade de mega vendedores para futuras encomendas. Se assim é, estamos não só diante de uma bizarra prática de autodumping, mas de um tiro no pé potencialmente suicida. A memória de um país, a sua força intelectual e a sua cultura literária dependem da diversidade do encontro entre livros e leitores. Uma editora que acha que pode ficar de fora dessa equação só pode estar maluca.
Há saída para isso? Os livreiros defendem a fixação do preço dos livros, para evitar a concorrência desleal de quem não precisa da sua venda para sobreviver, até porque os benefícios de uma política de preços predatória são bastante questionáveis. Uma editora que vende a R$ 6 um best-seller pelo qual habitualmente cobra R$ 25 vai buscar a diferença aumentando os preços de seus outros títulos. O que o consumidor economiza num canto, perde no outro. Vários países, entre eles Alemanha e França, vorazes consumidoras de livros e pátrias de encantadoras livrarias, têm trabalhado nessa linha, fazendo leis e acordos bastante positivos.
E faz sentido, a essa altura, lutar contra a força do mercado? Acho que sim: o mercado, como o famoso escorpião da anedota, acaba de mostrar ao mundo a que veio. É possível que, amanhã, a tecnologia mude de tal forma os paradigmas, que livros e livrarias se tornem obsoletos. Até lá, porém, muitos petabytes ainda vão correr pela internet. Por enquanto, as livrarias, assim como a floresta amazônica ou o mico leão dourado, merecem os nossos melhores cuidados e carinhos.

Fonte: Blog da Cora Rónai
(também pulicado em O Globo, Segundo Caderno, 5.3.2008)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Concurso de Poesia

Estão abertas as inscrições para o Concurso de Poesia Fernando Mendes Vianna, promovido pela Associação Nacional de Escritores e pela Editora Thesaurus. Até 30 de março os interessados podem mandar seus poemas inéditos – um mínimo de 30 – para a sede da ANE: SEP Sul 707/907 – Bloco F, Edifício Escritor Almeida Fischer, Cep: 70359-970. O primeiro colocado vai ter seu trabalho publicado em livro. Informações nos telefones 3242.3642 e 3244.3576, ou no e-mail ane.df@terra.com.br.

Fonte: Revista Roteiro Brasília

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Amigos da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB)

Fonte da foto: Blog Resumo do Cenário
O projeto "Rede de Amigos da Biblioteca Nacional de Brasília" já está em pleno andamento.
O projeto consiste na criação de uma rede de voluntários, em que cada integrante fará a doação de um livro novo para o acervo da BNB. Os livros a serem comprados e doados serão indicados pelos gestores do projeto junto à BNB, por meio de listas de aquisições. Dessa forma, ajudando a criar um acervo com obras novas e úteis, estaremos atendendo às demandas da nossa comunidade. Muitas já são as pessoas que se dispuseram a adquirir e doar livros para a Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) e que, por sua vez, já estão formando novos grupos de colaboradores, espalhando a ídeia e dando continuidade à iniciativa.
A Livraria Cotidiano é nossa primeira livraria parceira.
No dia 12/02/2009, a "Rede de Amigos da Biblioteca Nacional de Brasília" ganhou mais uma adesão. A livraria Cotidiano tornou-se parceira desta iniciativa, que busca encher de livros as prateleiras da BNB. O estabelecimento é o primeiro a aderir ao projeto. Agora, ao adquirir o livro nos locais que abraçaram a ideia, o doador, além de fortalecer a parceria, poderá obter vantagens em suas compras.
E conheça a BNB: www.bnb.df.gov.br

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Livros no Oscar

Avalanche de filmes baseados em obras literárias indicados ao Oscar movimenta mercado editorial

Não é de hoje que a literatura é fonte inesgotável de inspiração para o cinema. Mas neste ano o número de filmes indicados ao Oscar cujo roteiro foi adaptado ou inspirado em livros impressiona. Segundo editores ouvidos pelo GLOBO, se o filme é bom, ele é capaz de alavancar as vendas de livros. O contrário também acontece: quando o filme é ruim, potenciais leitores perdem interesse na obra.

Na longa lista de roteiros adaptados estão "O leitor" (Record), romance do alemão Bernhard Schlink, publicado em 1995, cuja adaptação cinematográfica concorre a cinco Oscars; o conto de Scott Fitzgerald que inspirou "O curioso caso deBenjamin Button", que faz parte da coletânea "Seis contos da era do jazz e outras histórias" (José Olympio), indicado em 13 categorias; "Quem quer ser um milionário?", candidato a 10 estatuetas e baseado em "Sua resposta vale um bilhão" (Companhia das Letras), de Vikas Swarup, e "Foi apenas um sonho", baseado no livro homônimo de Richard Yates (Objetiva/Alfaguara) e indicado a três Oscars.


Uma crise na criação de roteiros pode ser o impulso para uma procura maior de boas histórias na literatura, segundo Luciana Villas Boas, diretora editorial da Record.

- Em geral, quando o filme é bem feito e bem distribuído, seu lançamento causa um efeito positivo sobre o livro. Um exemplo disto é "Meu nome não é Johnny", que antes do filme havia vendido 7 mil exemplares e, após a estréia da adaptação, chegou a 70 mil. No pólo oposto, está "O código Da Vinci". O filme, se não prejudicou, não ajudou em nada o livro - explica Luciana.

A Record, que publica "O leitor" no Brasil, acredita que nas próximas semanas o livro entre na lista dos mais vendidos, graças ao filme. No Estados Unidos, após a estréia do filme, o livro de Bernhard Schlink chegou ao segundo lugar na lista dos mais vendidos.

Especializada em clássicos da literatura nacional e internacional, a editora José Olympio relançou junto com o filme "O curioso caso de Benjamin Button" uma nova edição da coletânea "Seis contos da era do jazz e outras histórias" com uma cinta informando ao leitor que o livro contém o conto no qual o filme foi inspirado.

O sucesso do filme fez com que a primeira edição de tiragem média do livro (cerca de 4 mil exemplares), se esgotasse em 15 dias. A editora Maria Amélia Mello já prepara uma segunda edição, com o mesmo número de exemplares.

- Trata-se de um filme bem feito, inpirado na excelente obra de um grande autor (Scott Fitzgerald). É uma conjugação de fatores que faz com que a vendagem cresça. Aproveitamos a oportunidade (o lançamento do filme), para lançar o livro com nova diagramação, formato e capa. O filme coloca o livro em evidência e atrai um público mais amplo, que não é o tradicional leitor de clássicos - explica Maria Amélia, completando que apesar do pico nas vendas, o livro de Fitzgerald tem vida própria e está no catálogo da editora desde os anos 80. - Não se trata de um best seller e sim de um long seller.

Quando as pessoas se encantam com o filme, vão atrás do livro que o inspirou, avalia Rosemary Alves, editora comercial da Bertrand Brasil, que lançou no Brasil o livro reportagem "Gomorra", de Roberto Saviano.

O filme baseado no livro não entrou na lista de indicados a melhor filme estrangeiro, o que gerou protestos de críticos. No entanto, o livro tem se mantido entre o terceiro e o quarto lugar na lista dos mais vendidos no Brasil.

- Não compro o direito de publicação de um livro porque ele vai ser adaptado ao cinema. Compro porque acredito que o livro mereça ser publicado. Foi assim com "Moça com brinco de pérola" e "Gomorra". Os dois livros são ainda melhores que os filmes - diz Rosemary, citando um exemplo do contrário. - O filme "A casa dos espíritos", baseado na obra de Isabel Allende, foi uma decepção. Às vezes as adaptações ajudam, outras vezes atrapalham.

É mais comum que as pessoas que veem o filme comprem o livro do que o contrário, avalia Rosemary. A editora acredita que o sucesso de vendas de "Gomorra" não se deve ao filme, que entrou em cartaz em um circuito bastante restrito e foi visto por pouco mais de 60 mil espectadores, bem menos que "O curioso caso de Benjamin Button", que já atraiu um público de mais de 1 milhão de pessoas.

Interessante notar que no mercado editorial a relação entre os dois filmes é inversa: "Gomorra" está no topo da lista de vendas, enquanto é provável que "Seis contos da era do jazz e outras histórias" não chegue lá.

Fonte: Jornal O Globo

Flipiri

Sede da primeira edição da Flipiri, Pirenópolis recebe, de hoje a sábado, 17 escritores e promove 84 atividades.

Fonte: Blog Terça Eu Conto Pra Você


Há 10 anos, a empresária Íris Borges construiu em Pirenópolis uma casa para os finais de semana e feriados. Nos intervalos entre o planejamento de feiras do livro de Brasília, organização de associação de autores e atividades nas bienais de São Paulo, Íris fugia para a cidade goiana e alimentava a pequena biblioteca montada para a comunidade na própria casa. Chegou a reunir 250 livros, emprestados diariamente aos pirenopolinos. Hoje ela aposta em passo mais ousado, ao inaugurar a primeira edição da Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri). Até sábado, a cidade histórica a 150Km de Brasília vai sediar 84 atividades ligadas à literatura e receber 17 escritores. Íris confessa que se inspirou no formato e nome da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a maior festa de encontros entre autores e públicos do país. “Há vários modelos de fazer eventos ligados ao livro e esse é o que mais me encanta”, diz. “Pirenópolis é um lugar bonito, charmoso e trabalha os vários tipos de cultura, tem festival de música, festival gastronômico e sempre senti falta de um evento em literatura para comentar a leitura com a população local.” O nervo da Flipiri estará na Casa de Câmara e Cadeia, localizada no centro histórico da cidade e abrigo dos encontros e conversas com autores, livraria, contação de histórias e café literário. A lista de convidados não inclui alguns dos nomes mais representativos da literatura feita em Brasília — como Lourenço Cazarré, Anderson Braga Horta, Nicolas Behr, Margarida Patriota ou João Almino — nem autores locais de Pirenópolis. Realizada com R$ 40 mil graças a um edital dos Correios, a festa não tem caixa para pagar cachês e conta com a colaboração dos integrantes da Casa de Autores nos bate-papos. Assim, Alessandra Roscoe, Alexandre Lobão, Marco Coiatelli, Clara Rosa e João Bosco Bonfim, entre outros, participam dos encontros ao lado de Ignácio de Loyola Brandão, homenageado da festa junto com Maria Eunice Pereira e Pina (in memoriam), Jonas Ribeiro e Hermes Bernardi Jr. Música no coreto da praça, oficinas de teatro com Francis Wilker e de escrita com Lucília Garcez, além de espetáculos e de uma programação cinematográfica que inclui apresentação de O engenho de Zé Lins, de Vladimir Carvalho, estão previstas para os dois dias de festa. Assim como fez em várias edições das feiras do livro de Brasília, Íris planejou ainda um roteiro itinerante. Os autores visitarão quatro escolas de pequenos povoados da região e 10 da própria cidade. Os alunos receberam previamente os livros para poder aproveitar melhor a conversa com os escritores. A intenção de Íris é sensibilizar a população para a literatura. “Embora haja manifestações como uma feira de livro, isso não ocorre muito lá”, diz.

O que fazer na Flipiri

AMANHÃ
9h — Clara Rosa: encontro do leitor com o escritor, na Casa de Câmara e Cadeia; Jonas Ribeiro: contação de histórias, no cinema; e Tatiana Oliveira: encontro com o escritor, no salão paroquial.
10h — Lucília Garcez: encontro com o escritor, na Casa de Câmara e Cadeia; Miquéias Paz: atividade no coreto.
15h
— Célia Madureira e Raquel Gonçalves: teatro Deu rato na biblioteca; João Bosco Bonfim: oficina de poesia, na Escola Joaquim Alves; Hermes Bernardi Jr.: encontro com o escritor, na Casa de Câmara e Cadeia.
19h45 — Banda de Couros e cortejo musical, no coreto da praça.
20h — Graça Veloso, com a peça Inderna do intão.

SÁBADO
16h — Ignácio de Loyola Brandão: encontro com o escritor e lançamento de O menino que vendia palavras, na Casa de Câmara e Cadeia.

Fonte:
Correio Braziliense