quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Flipiri

Sede da primeira edição da Flipiri, Pirenópolis recebe, de hoje a sábado, 17 escritores e promove 84 atividades.

Fonte: Blog Terça Eu Conto Pra Você


Há 10 anos, a empresária Íris Borges construiu em Pirenópolis uma casa para os finais de semana e feriados. Nos intervalos entre o planejamento de feiras do livro de Brasília, organização de associação de autores e atividades nas bienais de São Paulo, Íris fugia para a cidade goiana e alimentava a pequena biblioteca montada para a comunidade na própria casa. Chegou a reunir 250 livros, emprestados diariamente aos pirenopolinos. Hoje ela aposta em passo mais ousado, ao inaugurar a primeira edição da Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri). Até sábado, a cidade histórica a 150Km de Brasília vai sediar 84 atividades ligadas à literatura e receber 17 escritores. Íris confessa que se inspirou no formato e nome da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a maior festa de encontros entre autores e públicos do país. “Há vários modelos de fazer eventos ligados ao livro e esse é o que mais me encanta”, diz. “Pirenópolis é um lugar bonito, charmoso e trabalha os vários tipos de cultura, tem festival de música, festival gastronômico e sempre senti falta de um evento em literatura para comentar a leitura com a população local.” O nervo da Flipiri estará na Casa de Câmara e Cadeia, localizada no centro histórico da cidade e abrigo dos encontros e conversas com autores, livraria, contação de histórias e café literário. A lista de convidados não inclui alguns dos nomes mais representativos da literatura feita em Brasília — como Lourenço Cazarré, Anderson Braga Horta, Nicolas Behr, Margarida Patriota ou João Almino — nem autores locais de Pirenópolis. Realizada com R$ 40 mil graças a um edital dos Correios, a festa não tem caixa para pagar cachês e conta com a colaboração dos integrantes da Casa de Autores nos bate-papos. Assim, Alessandra Roscoe, Alexandre Lobão, Marco Coiatelli, Clara Rosa e João Bosco Bonfim, entre outros, participam dos encontros ao lado de Ignácio de Loyola Brandão, homenageado da festa junto com Maria Eunice Pereira e Pina (in memoriam), Jonas Ribeiro e Hermes Bernardi Jr. Música no coreto da praça, oficinas de teatro com Francis Wilker e de escrita com Lucília Garcez, além de espetáculos e de uma programação cinematográfica que inclui apresentação de O engenho de Zé Lins, de Vladimir Carvalho, estão previstas para os dois dias de festa. Assim como fez em várias edições das feiras do livro de Brasília, Íris planejou ainda um roteiro itinerante. Os autores visitarão quatro escolas de pequenos povoados da região e 10 da própria cidade. Os alunos receberam previamente os livros para poder aproveitar melhor a conversa com os escritores. A intenção de Íris é sensibilizar a população para a literatura. “Embora haja manifestações como uma feira de livro, isso não ocorre muito lá”, diz.

O que fazer na Flipiri

AMANHÃ
9h — Clara Rosa: encontro do leitor com o escritor, na Casa de Câmara e Cadeia; Jonas Ribeiro: contação de histórias, no cinema; e Tatiana Oliveira: encontro com o escritor, no salão paroquial.
10h — Lucília Garcez: encontro com o escritor, na Casa de Câmara e Cadeia; Miquéias Paz: atividade no coreto.
15h
— Célia Madureira e Raquel Gonçalves: teatro Deu rato na biblioteca; João Bosco Bonfim: oficina de poesia, na Escola Joaquim Alves; Hermes Bernardi Jr.: encontro com o escritor, na Casa de Câmara e Cadeia.
19h45 — Banda de Couros e cortejo musical, no coreto da praça.
20h — Graça Veloso, com a peça Inderna do intão.

SÁBADO
16h — Ignácio de Loyola Brandão: encontro com o escritor e lançamento de O menino que vendia palavras, na Casa de Câmara e Cadeia.

Fonte:
Correio Braziliense


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